
Constelações Sistêmicas e Coaching Sistêmico
Amor de mãe
15/05/2013 21:36
PORQUE O AMOR DE MÃE NÃO É UM MAR DE ROSAS. NEM DEVERIA SER
ELE É ESSENCIAL. Porque é na relação com nossas mães que, primeiramente, exercitamos e aprendemos, ou não, a lidar com nossas emoções: ora a adoramos, ora a odiamos. E é nesse mar de sensações e sentimentos que vamos aprendendo quem somos, e a lidar com as próprias emoções. É no balanço do pêndulo e do desequilíbrio que chegamos à harmonia do centro.
É este o lugar de MÃE, biológica ou adotiva. Ser âncora, espelho, apresentar o mundo a criança. Neste processo, parte de sua visão do mundo é transferida para filho. Coloca um pouco de si no que está mostrando, sua visão, sua forma de ver. Inscreve as primeiras marcas no corpo que serão o alicerce psíquico do resto da vida. É a partir do nosso relacionamento com nossas mães que conquistamos a capacidade de nos relacionar com o outro, com o mundo.
Nem precisa dizer que neste relacionamento existe a polaridade positivo-negativo, tudo que propicia o crescimento e a fertilidade e tudo que é secreto, obscuro, devorador e envenena. Pra ser inteiro tem que conter a polaridade. Numa perspectiva de desenvolvimento é importante compreender e acolher a dualidade. Tudo que é proscrito não some por encanto, mas atua do inconsciente provocando danos maiores.
O Importante é ter claro que mãe não é santa nem madrasta, mas contém as duas. Sem nossas mães seria difícil treinar emoções tão contraditórias, e raramente desenvolveríamos nosso autocontrole, capacidade de tolerar frustrações, capacidade de dar e receber, terminar e recomeçar, etc.
Através do olhar de nossas mães, nos fazemos inteiros. Seu amor nos aceita, nos preenche, nos dá confiança, e potencializa nossa força interna, nossa fé, para que possamos colocar em prática os nossos maiores projetos de vida. Sua indiferença também nos faz mover montanhas para conquistá-la
Ao sermos pais, temos a oportunidade de olhar o outro lado da moeda. É nossa vez de dar suporte, acolher, orientar e amar incondicionalmente, independente do momento que nossos filhos estejam passando. Percebemos então, que não somos perfeitos, que nem sempre temos todas as respostas e que ficamos confusos enquanto pais, e assim, perdoamos as faltas, que por ventura, nossas mães e pais tenham deixado. As vezes penso que deveria ter um curso para ser pais e filhos deveria vir com manual de instrução. Mas se não é assim, deve ter um propósito Divino.
Sendo assim, as melhores relações não podem ser um “mar de rosas”. É preciso alguns espinhos que nos façam exercitar a paciência, a tolerância, a compreensão, o autocontrole, a disciplina, a humildade, a vontade, e outras importantes virtudes.
Nesse Dia das Mães, vamos agradecer àquela que nos ajudou a sermos o que somos!
Neuza Correia
Roberto Machado
Imagético
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