Constelações Sistêmicas e Coaching Sistêmico


Como apresentar à criança a nova casa do papai e da mamãe sem causar-lhe insegurança após o divórcio

02/07/2014 20:21

Uma das ações que trazem benefícios e minimizam os sintomas de abandono na criança ou no adolescente após o divórcio dos pais, além do respeito que os pais precisam lhes conferir, pode ser a reestruturação do antigo lar e a participação na construção do novo lar do papai ou da mamãe, dependendo de quem tem a guarda da criança.

Se a construção deste outro lar continua respeitando algumas normas já estabelecidas no antigo lar, como por exemplo, horários de refeições, horário para dormir, os horários para as tarefas e as brincadeiras, dará a sensação de que a criança ou o adolescente continuam a ter o seu próprio espaço e que este espaço é apenas uma continuação do que ela vive no outro lar no que diz respeito a regras, leis, limites e educação.

Isto aumenta na criança e no adolescente a sua segurança interna e a sensação de desproteção é menos sentida.

A sensação de segurança acontece quando nas duas casas, na do pai e na da mãe, as regras são claras e bem parecidas. Se a criança sentir-se dividida entre as duas casas, com estilos de condutas e educação muito diferentes, ao contrário sentir-se-á em constante instabilidade emocional e tentará tirar proveitos da situação.

Esta instabilidade afetará a criança/ adolescente na criação de vínculos superficiais e isso tende a afetar a construção de um ego ideal, ou seja, um ego mais fortalecido.

O que é regra em uma casa precisa ser preservado e ser levado em conta na outra. Os limites adotados em um dos lares precisam existir no outro também. Assim evitará que a criança/adolescente faça joguinhos de interesse e manipulação com seus pais.

O que os filhos continuam a esperar dos pais mesmo separados é a presença, o amor, o cuidado.

Pais presentes e amorosos em suas atitudes diante do divórcio, mantendo os filhos emocionalmente bem amparados, conseguem uma melhor adaptação dos filhos e assim os traumas serão minimizados consideravelmente.

Outra armadilha é os pais, pelo sentimento de culpa ser permissivos ou dar a criança mais do que ela necessita.

Tornam-se consumistas com os filhos e assim ensinam os filhos a serem consumistas também, a não valorizar o dinheiro.

Pior que isso é quando um dos pais tem mais condições financeiras que o outro e usam este recurso para comprarem o amor dos filhos com presentes caros, viagens caras, muitas vezes tendo a intenção de desqualificar o outro cônjuge.

Muito mais que dinheiro, brinquedos caros, casas luxuosas, os filhos necessitam de outra riqueza bem maior: O equilíbrio emocional.

É este equilíbrio que irá determinar para sempre a personalidade de nossos filhos.

O que acaba é a relação matrimonial, não o respeito entre os cônjuges.

É o respeito pela figura do pai e mãe a única garantia “real” pelo êxito dos filhos em qualquer idade.

Extraído do livro Como Cuidar dos Filhos e Recomeçar após o Divórcio, de Claudiane Tavares

 

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